Com o  intrínseco  compromisso com os povos indígenas da Amazônia Brasileira, o Podáali iniciou no mês de agosto, o apoio a mais 15 projetos inscritos na 1ª Chamada “Amazônia Indígena Resiste”. Os projetos estavam na lista de espera e como resultado do processo de articulação e captação do Podáali, foi possível a ampliação de apoios às essas iniciativas.

 

No dia 13 de agosto, foi realizada a oficina de Orientações para a Execução e Prestação de Conta, que é parte do processo de parceria e assessoramento do Podáali junto às organizações indígenas apoiadas, como um dos primeiros passos para que os recursos comecem  a ser executados no território. 

 

A vice-diretora do Podáali, Rose Apurinã, ressaltou que esta é mais uma conquista do Fundo Indígena, tanto na concretização de novas parcerias que somam a rede de apoiadores do Podáali, quanto na concretização de mais 15 projetos dos povos, comunidades e organizações indígenas sendo apoiados pelo seu mecanismo próprio. 

 

“O dia de hoje significa a concretização de um processo de articulação do Fundo Indígena com o objetivo de que mais iniciativas dos povos indígenas  inscritas e selecionadas  no âmbito da 1ª Chamada sejam apoiadas. Para nós é uma satisfação muito grande estar apoiando as soluções próprias dos parentes para a gestão ambiental e territorial; economia sustentável e soberania alimentar e ainda, ações voltadas à promoção de direitos indígenas e de fortalecimento das nossas organizações” Refletiu Rose.

 

Um dos projetos apoiados nesta etapa, foi o da Articulação dos Jovens Waiana e Apalai – AJWA, localizado no Estado do Amapá, o presidente da Associação dos Povos Indígenas Wayana Apalai – Apiwa que é a organização parceira, Arinaware Apalai Waiana, relatou que a proposta vem sendo discutida desde  2022, e em 2023 quando abriu  inscrição para a 1ª Chamada, eles viram uma oportunidade de encaminhar o projeto. A notícia do apoio foi muito comemorada pelos jovens, conta o coordenador.

 

“Quando ficamos sabendo, fiquei muito feliz, isso vai ser extremamente importante para a iniciativa dos jovens indígenas Wayana, Apalai e também Tiriyó. A proposta foi uma construção dos jovens da região do Rio Paru d’Este, eles tinham interesse em fazer esse projeto dentro do nosso Plano de Gestão Territorial (PGTA), usando o protocolo de consulta que nós temos na nossa região. Com esse suporte, os jovens poderão dar andamento às suas iniciativas, que é de aprenderem a usar as tecnologias para defender os territórios indígenas” Reflete o líder indígena.

 

Outra Iniciativa que recebeu apoio foi o da Associação de mulheres Thutalinãnsu, que contempla os povos Terena, Manoki, Parecis e Nambikwara da terra indígena  Tirecatinga, no Mato Grosso, elas receberam a notícia por meio da articuladora e assessora da Organização,Suyani Terena, ela nos relatou como foi esse processo. 

 

“No dia em que a gente soube que nosso projeto seria apoiado, estávamos  com uma reunião com a diretoria,  elas estavam focadas num projeto, eu entrei ali dentro da sala e falei pra elas, e todo mundo gritou. Foi um momento muito alegre, as mulheres se sentiram muito empoderadas, muito valorizadas e foi muito emocionante quando as mulheres começaram a se abraçar, a falar: Nós podemos! não por ser só mulher indígena, mas pela nossa capacidade! Foi lindo ouvir ali que a gente consegue estar colocando nossos projetos em editais que são destinados para gente” relatou Suyane.

 

Outra proposta que também foi apoiada, é o da  Associação das Mulheres da Comunidade Indígena de Feijoal Uma Tuna-AMCIFU, localizada em Tabatinga, Amazonas, a  presidente da organização, Lindalva Felix Zaguri,  destacou que esse é primeiro apoio que a Instituição recebe este ano.

 

“ As mulheres dentro da  nossa associação ficaram muito felizes com essa notícia, é o primeiro projeto que nós fomos contempladas, e a gente vai fazer bonito. Nós vamos executar bem direitinho, fazer nossa prestação de contas para que no próximo edital a gente participe de novo, e assim vamos nos fortalecer e fortalecer o nosso Podáali, só tenho agradecer ao nosso Fundo Indígena” .

 

As iniciativas desta etapa foram apoiadas pela The Climate and Land Use Alliance (“CLUA”) e pelo INSTITUTO IBIRAPITANGA.

 

Veja a lista dos 15 projetos da 1ª chamada que serão apoiados nesta segunda etapa:

 

 

 

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