Nesta sexta-feira (05/05), o Fundo Indígena da Amazônia Brasileira compartilhou os desafios e estratégias para captar recursos e fomentar a autonomia e geração de renda dos povos indígenas.
O I Seminário, que teve como objetivo a troca de experiências indígenas e de organizações parceiras em ações voltadas à gestão ambiental e territorial indígena e contou com a participação de representantes indígenas do Mato Grosso, Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Amazonas.

O Podáali, representado por Rose Apurinã – Vice Diretora, participou do painel Sustentabilidade financeira e geração de renda juntamente com Mydiere Kavapo Mekragnotire Kayapó e Gabriella Furtado do Fundo Kayapó; Ryweakatu Rytee Kayabi Kayabi e Bruna Dayanna Ferreira de Souza da Rede Semente do Xingu (RDSX) e Letícia Tura da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE).

“O Fundo Podáali apresentou a sua trajetória de criação e caminhada como mecanismo técnico indígena que é uma estratégia do movimento indígena Amazônico concretizado através da COIAB, voltado a promover e fortalecer a autonomia, os direitos e a gestão territorial e ambiental indígena. A apresentação trouxe ainda os resultados da etapa de seleção da I Chamada do Podáali que recebeu 305 propostas reafirmando a importância para os povos indígenas de ter um Fundo criado e gerenciado por indígenas para atender aos povos indígenas”, observa Rose Apurinã.

No debate, foi enfatizado como sendo um dos grandes desafios que o Podáali vem trabalhando para superar – a descolonização da filantropia e a construção da filantropia indígena que respeite e considere as formas próprias de organização social de cada povo e valorize as suas iniciativas e modos próprios de fazer.

Como estratégias para isso, o Fundo indígena vem fortalecendo a atuação em rede, destacando-se a participação na rede global de fundos liderados por indígenas e, no âmbito da Amazônia os diálogos com Fundos Comunitários e Ambientais no intuito de promover o fortalecimento dessas instituições e desenvolver atuação integrada.

O seminário começou no dia 3 e temas como política nacional e gestão ambiental e territorial de terras indígenas, experiências em elaboração e execução de planos de gestão em terras indígenas (etnomapeamentos e etnozoneamentos), o papel dos agentes indígenas na proteção e gestão territorial, mercado de carbono e justiça climática, plataforma de monitoramento de terras indígenas e O REDD+ jurisdicional na mitigação do clima em territórios indígenas estiveram na programação do evento que encerrou nesta sexta-feira (05/05).

Comente!

Outras notícias