O Fundo Indígena da Amazônia Brasileira teve voz no diálogo promovido pela organização Imaginable Futures, na sexta-feira ( 26/05), em São Paulo. As conversas giraram em torno de como a filantropia no Brasil pode promover a equidade racial e de gênero na educação.
O encontro reuniu representantes de várias organizações que atuam nesta esfera e trouxe a ativista Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, para roda de conversa. A paquistanesa que sobreviveu a violência de um sistema opressor ainda está na luta pelo direito das crianças à educação e criou o Fundo Malala, em 2017, para apoiar projetos na área, inclusive no Brasil.
Podáali, por meio da diretora secretária Claudia Soares Baré, mostrou que o tema também é prioridade dentre as linhas temáticas de atuação do fundo. Na ocasião, ela pergunta à Malala qual a visão do Fundo Malala em ampliar sua atuação junto às meninas indígenas da Amazônia.
“Gostaria de registrar aqui também que nós acabamos de lançar uma primeira chamada de projetos para os povos indígenas e uma de nossas linhas temáticas é também a educação. A educação tanto de conhecimentos tradicionais – que nós chamamos de educação informal – quanto da educação escolar indígena dentro das escolas desde o ensino fundamental até o ensino médio, como também dos grandes desafios dentro da própria universidade com a nossa juventude. E dentro de tudo que foi conversado aqui eu gostaria de perguntar qual a visão do Fundo Malala em ampliar essa atuação junto às meninas indígenas para outras regiões e, aí eu trago para dentro da Amazônia brasileira, onde estão nove Estados do Brasil”, questionou Cláudia Soares Baré.
A ativista respondeu que tudo é possível, tem o desejo de apoiar a todas as meninas do mundo e aos poucos ela está conseguindo. O Fundo Malala já apoia um projeto com indígenas no Brasil, o projeto ‘Meninas na Luta’ começou em 2018 e envolve meninas oriundas de nove povos indígenas localizado na Bahia.
Fizeram parte da conversa Suelane Carneiro – Instituto Geledés, Benilda Brito – Projeto Mandacaru e Andréia Martins – Redes da Maré, entre outras ativistas da educação – que começou com um poema declamado pela própria autora, a artista Preta Galática.