Fortalecendo seu compromisso com a gestão transparente, responsável e participativa, o Podáali – Fundo Indígena da Amazônia Brasileira realizou, nos dias 19 e 20 de maio, a 3ª Reunião Ordinária do Conselho Fiscal. O encontro aconteceu na sede do Podáali, em Manaus (AM), reunindo os conselheiros fiscais Mário Nicácio, do povo Wapichana; Angela Kaxuyana, do povo Kahyana; e Txai Suruí, do povo Paiter Suruí.

A reunião contou com diálogos junto a Diretoria Executiva e com a equipe técnica do Podáali, reforçando a coletividade da governança para um bom funcionamento do Fundo Indígena.

Ao longo dos dois dias, os conselheiros realizaram uma análise criteriosa dos documentos institucionais, incluindo relatórios financeiros e de auditoria institucional, projetos, editais e outros documentos.Esse processo fortalece a governança, a gestão e o compromisso do Podáali com a transparência na aplicação dos recursos e com o fortalecimento das organizações indígenas.

Para Angela Kaxuyana, cofundadora do Fundo Indígena e conselheira fiscal titular, que vem acompanhando a trajetória do Podáali desde o início, é motivo de orgulho ver o amadurecimento institucional do fundo. 

“É muito satisfatório enxergar, nessa terceira reunião do Conselho Fiscal, o grande avanço na estruturação e na gestão dos projetos diretamente destinados aos territórios indígenas. E isso tem um reflexo muito grande, não só em termos de gestão, mas também de um impacto político que o Fundo tem a nível nacional e internacional, como um exemplo de um mecanismo que tem autonomia, que é liderado pelos profissionais indígenas”, refletiu Angela. 

Participando pela primeira vez, a jovem líder e conselheira fiscal suplente, Txai Suruí reforçou a importância do momento.

“O Podáali representa um sonho coletivo dos povos indígenas pela autonomia, de nós mesmos como protagonistas da gestão de recursos para a proteção de nossos territórios, e também da valorização de todo trabalho que nós povos indígenas já fazemos. Então, poder contribuir com o Podáali é também contribuir com a luta dos povos indígenas, pois sabemos que  criar um Fundo gerido pelos próprios povos indígenas não é fácil, mas é um passo fundamental, que hoje já serve de exemplo para outros fundos indígenas no mundo”, afirmou Txai.

Mário Nicácio, também cofundador do Podáali e conselheiro fiscal titular, ressaltou que a atuação do Conselho Fiscal vai além da fiscalização.

“Nosso papel é também orientar e fazer um elo entre os beneficiários e o instrumento de gestão, garantindo que os recursos cheguem às comunidades, fortalecendo a sustentabilidade, a gestão dos territórios e os direitos dos povos indígenas. Ao longo desses cinco anos, o Podáali tem se consolidado como um instrumento essencial demonstrado a sua ampliação, não somente de recurso financeiro, mas também essa articulação e esse esforço de poder fazer chegar a implementação em forma de prêmios, de chamadas, que garantem as ações lá na comunidade, de abrangência da COIAB” destacou.

A realização da 3ª Reunião Ordinária do Conselho Fiscal reafirma o compromisso do Podáali com uma governança consolidada, participativa e transparente, que segue fortalecendo os territórios e as organizações indígenas da Amazônia e servindo de modelo para iniciativas em outras regiões do Brasil e do mundo.

 

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