Trançar um cesto requer resiliência, e foi nesse processo que o Podáali teceu mais um ponto em sua cestaria, com diálogo e reflexões foi realizado nos dias 4 e 5 de fevereiro, a 1ª Oficina de Diagnóstico Institucional do Podáali. 

Com um passo significativo, o encontro reuniu a equipe técnica e representantes de todas as esferas de governança do Fundo indígena, na cidade de Manaus (AM). Foi um momento estratégico de escuta coletiva, em que cada participante apontou os desafios e sugestões de melhoria do Podáali.

Como membro do Conselho deliberativo, Marinete Almeida, do povo Tukano, trouxe a importância de fazer esse olhar para dentro da Instituição.

“ Nós estamos aqui numa construção e também trazendo à nossas experiências para que o nosso Fundo ande nos caminhos mais fortes, com o pé no chão e com o cesto de aturá mais cheio de qualidade para nós, povos indígenas” reflete Marinete.

O Podáali tem 05 anos de atuação, e é uma referência para muitos fundos comunitários e na incidência nos debates sobre financiamento para os povos indígenas, é o que pontua a conselheira orientadora do Podáali, Adriana Ramos, que reforça como essencial o papel do Fundo Indígena na sociedade. 

“É uma oportunidade única participar dessa oficina de diagnóstico para que a gente possa compreender melhor como o Fundo está estruturado, e como a gente pode contribuir para que ele amplie ainda mais o seu impacto na sociedade que é muito importante. O podáali é referência nesses diálogos de recursos para povos indígenas” refletiu Adriana.

O conselheiro fiscal do Podáali, Mário Nicácio, do Povo Wapichana, vê esse movimento de analisar os cinco anos de funcionamento do Fundo como muito proveitoso e construtivo.

“Estamos analisando como foram esses anos da Instituição e sua relação com os povos indígenas na Amazônia, doadores, atuação a nível local, regional, estadual e nacional. Nós, como membros do Conselho Fiscal, temos um papel importante para poder também analisar e apontar construções que refletirão em decisões futuras” pontua Mário.

O presidente do Conselho deliberativo e coordenador geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Toya Manchineri, pontuou que fazer esse momento de avaliação é essencial para que o Podáali esteja mais seguro.

“Estamos fazendo o diagnóstico institucional do Fundo Podáali, para que a gente possa trabalhar com mais segurança e ver os caminhos que ele tem a seguir e se fortalecer cada vez mais dentro dos territórios indígenas, mas também a nível nacional e internacional,  com objetivo de captar um número maior de recursos, e  levar aos territórios indígenas” destacou Toya.

Com esse movimento, o Fundo Podáali reafirma seu compromisso com a autonomia e protagonismo dos povos indígenas na gestão de seus recursos e estratégias, atuando junto aos povos, comunidades e organizações indígenas, consolidando-se como uma referência no fortalecimento das organizações indígenas da Amazônia. 

 

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